Extensão: 170 metros
Bairro: Martello
Lei 1209/1997
Francisco Santi, filho dos
imigrantes italianos Valentin Santi e Tereza Santi, nasceu em Paranaguá – PR,
no ano de 1881.
Já vivendo no Rio Grande do
Sul, casou-se com Lucia Donida Santi e residiu em Antônio Prado, transferindo
sua residência para o então segundo distrito do Município de Erechim, hoje
Getúlio Vargas – RS, onde estabeleceu-se no ramo madeireiro, com serrarias.
Em 1936, tendo adquirido uma
gleba de terras com pinheiros ao norte do município de Caçador, próximo à
estação de Presidente Pena, com a colaboração de seu genro, Lucídio Alves
Pacheco, casado com sua filha primogênita Adélia Julieta Pacheco, transferiu as
instalações de suas serrarias para aquela localidade.
Com a falta de estradas,
iniciou as atividades abrindo “picadas” e construindo estradas. Como não
existiam máquinas, tudo era feito às custas do trabalho braçal, com picaretas.
O transporte de madeiras era feito com carretões puxados por juntas de bois. O
estaleiramento de toras também era feito com bois. Na época tinha uma charrete
que era utilizada para o transporte de pessoas.
Após estar instalado,
trouxeram as famílias, sendo que sua esposa Lúcia fixou residência na cidade e
sua filha Adélia, junto às serrarias, em Presidente Pena.
O escoamento da produção era
difícil, e feito pela estrada de ferro, sendo as madeiras depositadas no então
chamado “quadro da estação”. Depois, o transporte passou a ser feito por
caminhões de pequena capacidade de carga.
Com o início da Segunda Guerra
Mundial, houve racionamento da gasolina, tornando mais difícil a sobrevivência,
porque Francisco prezava pelos compromissos, mormente com o pagamento de seus
empregados. Nessa época, adaptou em seus caminhões o “Gasogênio”, que
funcionava com a combustão da lenha, embora necessitasse de gasolina para a
partida do motor, como os carros movidos a álcool.
Em 1944, para maior
aproveitamento do material, montou uma fábrica de pasta mecânica. Manteve suas
indústrias madeireiras até seu falecimento.
Francisco Santi faleceu em 16
de abril de 1947, aos 66 anos de idade, vítima de problemas renais.
Sua família (ele, sua esposa,
sua filha mais velha e seu genro) dão nome às ruas do Loteamento Vila Justina
II, no bairro Martello, mantendo a proximidade de seus nomes, da mesma forma
que foi a proximidade de suas vidas.